— [RP ABERTA - OFICIAL] — With Blood And Knives, We Came - 31.10.2500

Do you know what time it is?

Seus olhos, semi cerrados, demonstravam o sono que já parecia lhe tomar para ele. Piscara diversas vezes, seu pescoço pendia ora para a esquerda, ora para a direita.

O halloween era uma das festividades favoritas de Lissandra, não só pelo caráter assustador, ao que possuía uma leve inclinação, como a diversidade e criatividade para decoração e fantasias que as pessoas possuíam. Desde criança fora acostumada ao dia das bruxas por uma das coincidências menos agradáveis para seus pais: 31 de outubro também era seu aniversário.

A tinta que parecia ter a cor do céu secava rapidamente sob o vento de três ventiladores, dispostos em direções precisas. A morena, que jazia nua em pé há mais de 5 horas, já parecia não sentir mais tanta vergonha de encontrar-se despida: a perfeição, mesmo que fosse apenas por uma noite, era essencial para ela.
Seus olhos abriram-se ao ouvir não só a porta abrir, como o cessar dos ventos que há tanto tempo lhe atingiam. Abriu os olhos, ainda na mesma posição a qual fora deixada: em pé, de braços e pernas abertos, visualizando a sua frente um enorme painel, cujo possuía uma mesma personagem, vista sob diferentes ângulos nos mais variados tamanhos e papéis. Haviam ali também anotações e apontamentos acerca do cabelo e das roupas da personagem.

- Você sabe que horas são Lyvia? - Perguntava, quase murmurando a mulher que entrara na sala.

- Creio que sejam algo como 20:30 Lissa. - Respondeu a loira, afastando os ventiladores de modo que todos fossem recostados na parede.

Lyvia possuía cabelos claros como raios de sol desenhados por uma criança. Eles normalmente encontravam-se dispostos de cachos perfeitos, mas neste dia, a mulher os prendera em um coque. Suas roupas, sempre em tons de preto e branco, combinados ao óculos de pernas vermelho-vinho e as feições sérias, davam a impressão de uma rígida agente secreta.

- E você sabe que horas começa? - Perguntava novamente, agora com a voz mais elevada, enquanto via Lyvia apanhar um par de luvas transparentes e uma caneta preta dentre tantas outras, que repousavam sobre uma mesa de vidro deixada no dia anterior.

- É uma ótima pergunta. - Respondeu a loira novamente, agora usando o par de luvas, enquanto destampava a caneta e segurava com cuidado um dos braços de Lissa, dispondo-se a desenhar grossas linhas tortas, como se houvesse sido costurado e os pontos ainda estivessem lá.

A morena suspirou. Chegara a Nova Orleans bem antes da tia, para visitar um antigo amigo de infância que se mudara recentemente. No entanto, sua partida de volta a Oslo seria adiada, uma vez que soubera que seria na mesma cidade que sua amada tia, Charlotte, realizaria uma festa de dia das bruxas. Olhou para seu celular, rezando para que o mesmo brilhasse mais uma vez para que pudesse ver as horas, desde que entrara na sala, Lissa contava cada vez que seu celular vibrava com a chegada de uma nova notificação, mas havia perdido as contas quando chegou a algo próximo de 200, desistindo de obter uma média.

Lyvia aplicou um spray de secagem rápida nos locais onde havia desenhado. Ela realmente não sabia o horário exato, mas sua intuição lhe dizia que a princesa estava atrasada para a festa.
- Vista isso. - Disse a loira, jogando um vestido feito de retalhos coloridos para a morena. Lissa, depois de tanto sem se mover, teve dificuldade em ser ágil, tendo que abaixar-se para pegar o vestido.

Vestiu as roupas de baixo, como dizia a etiqueta e pôs o vestido sob a cabeça, passando seus braços e em seguida o rosto e os cabelos ainda soltos. Puxou-o para baixo, vendo que a roupa terminava na linha do joelho, sorriu.

Lyvia puxou uma cadeira e ordenou que a garota se sentasse, Lissa assentiu e deixou seu peso cair sobre a espuma da cadeira, podendo emfim descansar suas pernas. A loira prendeu seu cabelo em um coque, e apanhou um rico aplique da mesma cor do aro de seus óculos, deixando-a cair sob a cabeça de Lissa.
- Você tem sorte de seu cabelo ser tão comportado. Apesar de liso, ele parece que não irá desmanchar o coque tão cedo. - Comentou Lyvia, sentindo-se orgulhosa do trabalho que estava fazendo.

- Você sabe que exijo a perfeição até os mínimos detalhes. - Sorriu a morena, vendo que estava quase pronta. Apenas o batom vermelho e alguns riscos no rosto separavam-na de chegar a festa. Lyvia, que usou um pouco da tinta com água e creme para esconder as escuras sobrancelhas da garota, ajustou os últimos detalhes e permitiu que Lissa visualizasse - agora por completo - seu trabalho.

-Está perfeito Lyvia, como sempre. - Murmurou a princesa, com um sorriso nos lábios. Levantou-se da cadeira, empurrando-a para o lado. - Diga-me Lyvia, há alguma chance de que eu encontre Jack naquela festa? - Perguntou, segurando os ombros da maquiadora. A loira olhou-a por um segundo, seus olhos brilhavam como os de uma criança. - Eu não posso prever o futuro, mas eu espero que sim. - Ambas riram, Lissa agradeceu mais uma vez pelo trabalho da mulher e seguiram para a porta da sala. Não que ela realmente quisesse encontrar um Jack, mas não seria nada mal ter alguém nem que fosse só por aquela noite.

A mansão transmitia um ar de imponência e medo, bem como deveria ser. A decoração só reforçava a sensação de que houveram crimes terríveis entre aquelas paredes, crimes dos quais ninguém sabia. E os que sabiam, tinham o mesmo destino dos escravos daquela época. Lissandra adentrou a mansão pelas portas principais, mas não antes sem receber sua pulseira de identificação, devidamente pregada após a entrega do convite velho e desgastado, tematizado especialmente para aquela festa.

Seus tios vinham logo atrás, durante toda a viagem, os três estavam comentando sobre suas fantasias e expectativas para o evento. Contudo, apenas Lissa desejava que realmente houvesse um Jack naquela festa, para isso, ela havia até levado o cachorro da tia - debaixo de muitas reclamações e advertências - um mastiff tibetano, fantasiado com um simples cobertor branco, onde havia furos apenas para que o animal pudesse ver. A garota soltou o cão, que correu imediatamente para a mansão, anunciando sua chegada e a dos tios.

A morena olhou para trás com um sorriso, apesar da face de desaprovação da tia, seu tio parecia até bem humorado naquela noite. Lissa voltou seu rosto para a frente e entrou, a partir daquele momento, tudo seria festa.

Eu não sabia que aquele cachorro ia dar tanto trabalho.

Quero dizer, sei que animais quando soltos em um lugar totalmente novo costumam sair cheirando e demarcando seu território, principalmente cachorros. Mas aquele cachorro além de ser 5x maior que cães normais, era 5x mais desastrado e afobado que cães normais.

O que eu tive de fazer? Bancar a babá dele. Afinal, a idéia foi minha de fantasiá-lo de zero.
- TOBIAS VOLTA AQUI! Ai meu Deus me desculpe. - Gritava, ao mesmo tempo em que pedia desculpas pelas bebidas derramadas, pelos vestidos sujos e por toda a bagunça que ele estava causando ao passar por ali.
Eu já estava até prevendo. Ou trancaria aquela versão domesticada de leão num dos quartos, ou não aproveitaria a festa tão cedo.

Após alguns minutos e uma festa parcialmente destruída, Tobias finalmente havia se acalmado. Para falar verdade, havia sido distraído. O mastiff agora estava em cima de um convidado que parecia não se importar tanto. Segurei-o pela coleira e tirei - note-se com muito esforço - o animal de cima.
- Olha me desculpe eu realmente sinto mu - minhas palavras foram interrompidas ao ver quem estava na minha frente. De início meus olhos se arregalaram, e a única coisa que pude dizer foi - Jack? Jack é você? - E logo um sorriso se abriu junto com a minha boca, que agora estava escancarada, me fazendo obter uma expressão de extrema surpresa.  

Felizmente o ser que estava fantasiado de Jack também me reconhecera, o que era bom. Eu havia dito de brincadeira há 10 minutos atrás se tivesse um Jack na festa eu iria estar com ele a noite inteira, se ele não se irritasse com minha presença claro. Mas agora, eu jamais imaginaria que minha boca fosse tão santa. Acho que eu deveria tentar acertar o tema da redação do vestibular. Vai que eu acerto?

- Meu Deus, obrigada! - Respondi ainda surpresa, algumas lágrimas brotaram de meus olhos, apenas duas, e estas escorreram com rapidez, felizmente a tinta em meu corpo era a prova d'água, tudo bem que seria difícil tirar mais tarde, mas isso não era motivo para se preocupar agora. - Eu não acredito, você tá muito igual! - Elogiei, olhando-o de cabeça para baixo, aquilo seria o tipo de peça que Lyvia faria, será que ela havia armado isso para mim? Um encontro numa festa de Halloween? Se fosse, era muito bem planejado. - Então posso ir buscar a maca? - Perguntei, apontando com o polegar por cima do ombro para a saída - Por que é ele sim.

Note: Roupa da Charlie: Link here and link

fucked up on life stucked in a moment...

unna abriu os olhos e viu as luzes se infiltrarem por entre as cortinas, como quem diz que já passou da hora de se levantar.
Resignada, a garota jogou os lençois para o lado e se pôs de pé; felizmente nesse dia não precisaria servir sua senhora, pois esta estaria muito ocupada com a festa de Halloween, o que lhe daria algum tempo para si mesma. Perguntou-se onde andaria Alice e deu de ombros, ela sempre sumia quando precisava dela, então era algo a que Lunna estava habituada. Logo Jessie chegaria para se prepararem juntas.


"Você está fantástica!" disse com sinceridade ao olhar para a amiga e notar sua fantasia de couro negro. Uma máscara cobria seu rosto na altura dos olhos, combinando com o batom escuro. "Com certeza um belo príncipe (e podre de rico) se encantará por você esta noite, minha cara.", brincou dando um beijo no próprio ombro e lançando-lhe um sorriso lascivo.
"É este o plano, não é mesmo?", teve como resposta, o que logo foi concluído "E espero que ele tenha a intenção de se apaixonar, por quê eu tenho. E muito!", riu Jess, sentando-se na beirada da cama de Lunna.
Virando-se mais uma vez para o espelho, Lu percebeu que este sorria, não possuia os mesmos intentos de se apaixonar que sua amiga, mas um belo príncipe viria a calhar.
Deu uma última checada na fantasia de druidesa; o vestido longo e branco caía quase virginalmente sobre seu corpo, as musselinas esvoaçavam nas mangas e em suas pernas ao menor movimento, dando-lhe uma aparência etérea; o corselet branco bordado com fios dourados rústicos, atado às suas costas, dava forma a cintura da moça, e com certa discrição exibia os seios fartos, enquanto seus longos cabelos castanhos, caíam em cascata sobre os ombros, ondulando.
Completando a fantasia, Lunna tomou em suas mãos uma tiara com pequenas flores verdes e colocou sobre a cabeça. A maquiagem leve, destacava seus olhos escuros, dando-lhe um ar de mistério.
Sorriu com a visão de si mesma. Provavelmente era assim que suas antepassadas bruxas se vestiam, claro que não com tanto glamour ou seja lá o que for, mas algo semelhante ela já vira em livros antigos.
Virando-se para Jessie, tomou-a pela mão e saíram da casa em direção à Casa de madame Delphine LaLaurie.


Saindo do carro, as damas se entreolharam e Lunna suspirou com a ansiedade que lhe era palpável.
"Espero que a senhorita esteja muito disposta a se divertir hoje, milady Loeser" disse rindo e adentrando o salão que explodia em cores e música.

Estava incomodada, respirou fundo e olhou através do janela do automóvel as fantasias dos que passavam pela fachada da mansão. Esperou o motorista abrir a porta do carro e com certeza estaria preparada quando ele o fizesse. Antes que percebesse já estava a meio caminho da entrada da mansão. Deu uma olhada de soslaio para o motorista com qual tinha uma grande amizade, exibindo um sorriso confiante antes que adentrasse a casa.

Os seios robustos agora quase perdiam seu brilho "sensual" sob a fina camada de tecido imposta. Os cabelos - agora sob o ar noturno beirando o preto intenso - estavam presos num penteado longo largado assim por cima de um dos ombros, os brincos com diamantes reluziam nas orelhas da garota.

Longo e amarelado com pedras preciosas ela desfilava pelo salão semi vazio, este enchendo-se aos poucos. Quis ela não estar com um vestido tão longo, gostava de exibir as pernas belas, mas era uma festa a fantasia, não podia dar-se ao luxo. Os saltos sustentavam-na, a pequena bolsa que carregava consigo continha um bracelete e alguns outros itens de beleza enquanto no dedo anelar esquerdo um âmbar reluzia. Sem contar que uma adaga encontrava-se também dentro da pequena bolsa.

- Nossa, Hye Jin, como há tantos aqui? -murmurou para si mesma vendo, de alguns modos, a sala se encher em um piscar de olhos, todos vestidos apropriadamente para o baile da noite. Aquilo era perturbador, afinal, nunca sentia-se com privacidade, era realmente chato. Sem falar que os afazeres da posição que ocupava estavam matando-na, pela primeira vez, Hye Jin deixara a palidez aparente e parecia agora realmente cansada; mesmo estando revitalizada por dentro, pronta para o que desse e viesse.


- Ponha um falso sorriso no rosto. -lembrou à si mesma com toda a infelicidade sentida aquele era seu comando principal, sempre parecer confiante, a nobreza precisava mostrar isso. - E aja como sempre agiu.

Então ela o fez, virou-se e sorriu da melhor forma que pôde, andou até alguns convidados e cumprimentou como se os conhecesse a décadas.

Halloween Sangrento

A noite caiu, Andrew veio a levantar, parecendo um ser noturno que acabara de sair da cama, cambaleando feito um zumbi, indo até o banheiro e ligando o chuveiro com preguiça de deitar na banheira e dormir novamente, arrancou a única peça de roupa do corpo, se enrolou na toalha com frio e adentrou no chuveiro, tomando um quente banho que o despertou.

Após alguns minutos debaixo do chuveiro, o Príncipe saiu do mesmo, se secou e andou nu pelo quarto indo até a janela e abrindo-a, sentando na mesma e observando o subir da Lua, que seria Cheia naquela noite. 20 minutos depois ele sai do encosto da janela, indo até o seu closet e pegando sua Fantasia, já preparada, um terno na cor Bordeaux, com uma camisa lisa no tom de um cinza chumbo, vestiu o seu traje e pegou duas lentes vermelhas, colocando-as nos olhos e colocando seu sapato preto, arrumou o cabelo e passou excessivamente o perfume, o mesmo se olhou no espelho e sorriu -Lindo como sempre...Só falta um detalhe.- O jovem então abriu uma gaveta, pegando um tipo de dente, afiado, dois pares deles, porém um dos pares era maior que o outro, então Andrew retornou ao espelho, e bem próximo ao espelho, colocou os dentes em seus caninos inferiores e superiores, seu traje estava pronto, um Vampiro. Desceu até a garagem, ouvindo seus serviçais o elogiarem e o mesmo sendo um príncipe humilde, agradeceu. Na garagem, pegou seu Lamborghini Aventador e foi até a festa de halloween.

Ao chegar no local da festa, notou vários conhecidos de outros reinos e seus guardas, ele era um dos poucos que não se preocupava com essa de segurança em torno dele, nunca precisou de coisas assim, adentrou à festa e foi até o balcão, pedindo para o barman -Por favor, uma taça de Musigny...- O Barman logo tratou de trazer o pedido do jovem, que pegou a taça e bebericou o vinho, sorrindo em seguida.

A Noite tinha acabado de começar, Andrew olhava para todos ali, cumprimentando outros nobres conhecidos por ele, mas enquanto cumprimentava um Príncipe de um País da Oceania, avistou uma linda morena vestida de druidesa, passar perto dele, seus olhos fixaram nela, ele se despediu do príncipe e foi calmamente até ela, tocando seu ombro por trás, para que a mesma se virasse -Boa Noite moça...

Estava amanhecendo e Jessie pula da cama como se fosse o dia mais importante de sua vida, seria o dia que iria a uma Festa de Halloween da sociedade na qual queria tanto fazer parte sendo a oportunidade perfeita para encontrar seu príncipe, conde, rei dos sonhos. A ruiva é um pouco sonhadora? Com certeza. Gananciosa? Talvez. Mas que mal tem em querer o melhor para seu futuro?! Levanta e corre para o chuveiro na velocidade da luz tomando um banho na temperatura ambiente e coloca uma roupa casual para ir a casa de Lunna, sua grande amiga, para se arrumarem juntas. Provavelmente sua princesa, Lilith, estaria na festa também. Mas não é o dia para servir e sim para se divertir e muito. Pega sua fantasia de Canário Negro colocando-a na bolsa.


Chegando na casa da Lunna super animada, vesti sua roupa de couro, uma máscara cobrindo os olhos e uma peruca loira muito bem feita, logo passando um batom bem escuro. Olhando seu reflexo no espelho observando cada detalhe de sua fantasia e admirando-a por completo.  "Com certeza um belo príncipe (e podre de rico) se encantará por você esta noite, minha cara.", ouvi comentário da Lu e abri um sorriso satisfeita sentando na cama da mesma - É este o plano, não é mesmo? E espero que ele tenha a intenção de se apaixonar, por quê eu tenho. E muito! -

Depois de dar uma última olhada em seu figurino da noite - Teve uma ótima escolha para fantasia, viu? Druidesa? Está linda, combina com você. Definitivamente vai conseguir arrumar um príncipe daqueles. - ri e as duas caminham para a Casa da Madame Delphine LaLaurie.

Entrando entre os portões do salão onde ocorria a festa observando muitas pessoas já aproveitando, cada uma com suas respectivas fantasias. Música, cores, luzes tomavam conta daquele salão e a ruiva ficava cada vez mais animada - Por mim, vamos nos divertir bastante. - olha para Lu piscando para a mesma caminhando pelo salão. Jessie ainda não havia avistado Lili, sua princesa e ao mesmo tempo amiga, afinal passávamos muito tempo juntas. Enquanto isso, apesar da música estar alta, deu para ouvir a voz rouca próxima. Me virando, logo abro um sorriso encarando a Lu. Sussurrando em seu ouvido brincando para que o mesmo não ouvisse  - Mal chegamos e já vieram te procurar?! -

izer que a noite estava esplendorosa seria um eufemismo grave, pensava Lunna a cada passada larga dada pelo salão. A música alta dava ao lugar um ar de privacidade, visto que assim, com tanta gente, as pessoas poderiam conversar e fazer o que quisessem que estariam ocultas por suas fantasias e pelo som das risadas e gritinhos histéricos.
"Por mim, vamos nos divertir bastante.", dizia Jess confirmando seu desejo de diversão, agradando Lunna imensamente, fazendo-a sorrir largamente.
Rodopiando com a música, divertindo-se, Lunna nem olhava mais para os lados. Avistou Charlotte ao longe com seu noivo e sua prima, sorriu-lhe e fez uma reverência discreta, tomando novamente o braço de Jessie.
"Acredito que hoje não serei necessária como dama de companhia.", sussurrou lançando um último olhar para sua senhora, passando pelo bar e indo em direção ao lugar onde fora montada uma pista de dança.
Sentiu um toque suave em seu ombro esquerdo, o que não a sobressaltou, mas fê-la virar-se parcialmente o tronco. "Mal chegamos e já vieram te procurar?!", sussurrou Jessie sorrindo travessamente ao ouvido de Lunna, que refletiu seu sorriso, encarando o rapaz de vez.
Seus olhos estavam cobertos por lentes vermelhas, percebeu Lu, perguntando-se por um segundo de que cor eles seriam realmente; sem se fixar por muito tempo no pensamento, notou o terno extravagante, que parecia veludo.
"Boa noite, moça...", ele havia dito com voz grave, olhando-a firmemente.
Lunna o encarou mais uma vez e anuiu com a cabeça, sorrindo de leve.
"Boa noite.", disse por sobre o barulho do salão.
A parte boa de estar em uma festa à fantasias era que se você conhecia um nobre, não necessariamente teria que se reportar a ele como se estivessem em um evento formal e petréo de sociedade, refletia a garota, estendendo a mão para que o recém chegado a beijasse.
"Sou Lunna, e esta é minha amiga Jessie.", disparou com suavidade.

Halloween Sangrento

Aquela taça, cheia de vinho, estava deliciosa, assim como a noite, a festa em si, estava começando a ficar boa, com várias pessoas conhecidas passando por mim, eu apenas as cumprimentava, nada muito formal, como a parte chata de ser um Príncipe.

A noite mal havia começado, e via várias pessoas bêbadas, esses nobres que não sabiam beber, e extrapolavam nas bebidas, eu apenas sentia uma enorme vontade de rir, mas me controlava, com educação.

A moça a minha frente agora se apresentava por um nome muito belo, Lunna, e sua amiga Jessie, sorri para elas e cumprimentei-as com um beijo na mão delas -Muito prazer, sou Andrew.- Que forma mais incomum de me apresentar, se fosse em outras ocasiões, seria sou Andrew Van Horster, Príncipe da Armênia, pensava eu, enquanto encarava o lindo sorriso da moça.

-Sei que acabamos de nos conhecer, mas se me permite, achei-lhe a mais bela moça aqui nessa festa...- Sorri para ela e estendi os dois braços para as moças -Gostaria da companhia de vocês à minha mesa, o que acham?Aceitam uma bebida?-Eu olhava para o rosto de ambas, esperando-lhes a resposta.

Bailezinho

O importante não é vencer todos os dias, mas lutar sempre.

Eu não tinha nada para vestir! Isso eu poderia concordar! Nenhuma fantasia era boa para algo assim como a festa, eram todas vulgares e eu não queria isso. Cadê? Cadê? Eu não acho uma boa fantasia para poder ir a essa festa e já fazia horas que eu estava ali. Tinha várias roupas espalhadas pela cama mas nenhuma chegava a me agradar como eu queria. Suspirei irritada e olhava para a cama, olhava para uma parte do armário mas não tinha nada que chegasse a fazer meus olhos brilharem com a roupa. Eu já estava atrasada, quer dizer, bem mais que isso, eu estava mega ultra hiper atrasada e não poderia fazer nada a não ser achar uma roupa logo. Será que eu deveria procurar na outra parte? É... Seria uma ótima solução, suspirei e comecei a abrir a outra parte e justamente nessa hora, meus olhos brilharam com a fantasia que estava a minha frente. Era... Linda! Não, bem mais que linda, era perfeita!
Agora eu precisava mesmo me arrumar! Eu não poderia me atrasar mais do que estava. Mensagem? Logo agora! Eu estou perdida se continuar assim. Mas e agora aonde está meu celular? Onde? Onde? Eu estava desesperada atrás do pequeno aparelho que era minha paixão no momento. Suspirei aliviada ao acha-lo e desbloqueia- lo e ler a mensagem: "Olá minha jovem, já estou bem perto da festa, estarei te esperando lá dentro, beijos e até logo. Hendrik." Agora sim, eu poderia jurar que estava muito mas muito atrasada, ele ia me matar! Eu tinha que correr se queria chegar a tempo de aproveitar algo daquela festa mas eu estava desesperada para chegar na hora ou pelo menos um pouquinho, só um pouquinho mesmo em cima dela mas como sempre, eu não consegui. Estava quase pronta, só faltava a maquiagem e eu poderia ir mas não queria nada tão exagerado, eu não gostava muito disso.
Acredito que a fantasia de Alice combinava comigo para o momento e eu a achei magnifica a forma como a representaram. Ao adentrar o local, caminhava calmamente por ele olhando ao redor e procurando pelo meu companheiro da noite e tinha medo que quando o encontrasse, poderia me xingar muito por demorar ou simplesmente falar comigo normalmente o que eu achava impossível. Sorri de lado ao vê- lo parado, olhando ao redor e me aproximei cautelosamente - Procurando alguém especial? - disse brincando enquanto o olhava sorrindo, suspirei e voltei a dizer - Desculpe a demora, eu sei que demorei muito para chegar mas... Eu não sabia o que vestir para vir e não fazer feio, me perdoe mesmo! - fiz um bico e o olhava, ansiosa por sua resposta. É... Eu era insegura em algumas vezes, não era muito mas eu era e hoje, naquele momento... Era um desses momentos em que mais me deixava insegura.

Teria maior confiança no desempenho de um homem que espera ter uma grande recompensa do que no daquele que já a recebeu.

Até o momento, aquele estava sendo o melhor aniversário que eu poderia ter.

Quero dizer, olha só para isso. Por mais que eu não gostasse tanto de festas do que quando eu era pequena, o acaso finalmente fizera algo certo para o meu lado.

Tobias estava sentado nas duas pernas, haviam duas pequenas manchas transparentes unindo-se lentamente, onde deveriam ser o focinho e a língua, de onde pingava saliva no chão mesmo que a maior parte se impregnasse no tecido. Dei outra volta na coleira, segurando mais firme caso o animal tentasse fugir de novo e eu tivesse que correr e deixar este adorável garoto falando sozinho.

Por falar em adorável garoto, aquele ser cujo nome eu nem sabia e jamais havia visto em toda a minha vida, me fazia abrir sorrisos tão naturais que eu jamais pensaria em exibir em toda a minha vida. Ok, ele realmente era bonitnho. Mas não era isso que me chamava a atenção nele, era o modo animado e divertido como ele fazia, que havia me contagiado imediatamente. Acho que no fim das contas, aquela história de almas gêmeas estava certa, nunca fui de acreditar nessas coisas ou em qualquer tipo de religião, mas eu me sentia muito bem perto dele.

- Obrigada! - Agradeci um pouco irritada, eu particularmente odiava elogios, pois sempre acreditava que estavam mentindo para mim só para me agradar. - Mas devo admitir, você deve ser realmente muito bom em improvisações

Eu iria dizer para que nos sentássemos no chão, mas justamente quando iria abrir a boca, o loiro saiu e voltou com duas taças que borbulhavam. Refrigerante? Sim. Peguei uma das taças e agradeci logo convidando-o para sentar-se. - Vamos sentar no chão, pois depois de toda essa fenomenal entrada, não vou me importar se me acharem louca ou com um parafuso a menos, ou os dois. - Ri, abrindo os joelhos para as laterais e me sentando no chão. Acariciei o focinho de Tobias e o soltei da coleira, pois eu sabia que aquelas alturas ele deveria estar morrendo de sede. - Não se esqueça de voltar pra cá! - Gritei para o animal que agora subia a escadas apressadamente, talvez indo beber água da privada ou fazer essas coisas de cachorro, achando que ele tinha alguma racionalidade.

- Bem, eu acho que você deveria agradecer a minha tia, porque foi ela que teve todo o trabalho de comprar, reformar e decorar a casa. Só em pergunto o que ela vai fazer depois que essa festa terminar, quero dizer, isso aqui poderia virar uma creche ou ser alugada por temporada. Não podemos deixar um terreno desse tamanho em desuso. - Comentei, bebendo um gole do refrigerante.

Assenti positivamente, rindo do jeito envergonhado do loiro. Ao vê-lo passar a mão atrás da nuca, meu coração se afrouxou, e tive uma súbita vontade de abraçá-lo e dizer o quando era fofo, mas no fim tive de me controlar, afinal de contas, quem me garantiria que ele era um rei ou coisa qualquer?
- Respondendo a sua pergunta. Sim. Eu havia visto o filme pela primeira vez ocasionalmente, e no fim das contas, acabei gostando da animação. - Respondi, dando outro gole na bebida. - E só não pergunto seu nome, porque não quero acabar com a magia do momento.

As horas passavam de maneira que eu nem sentia. Poderiam ser 20:10, como poderiam ser 5:30 e eu jamais advinharia.

Nem eu nem os outros convidados que estavam ali, principalmente aquele garoto loiro. Meu celular vibrava tanto que tive de desligá-lo só de raiva, pela primeira vez em alguns séculos de festa, eu não estava entendiada o suficiente para dar mais atenção ás minhas amigas do que a pessoa que estava na minha frente.

- Pelo amor de Deus, calem os dedos. - Comentei, apertando o botão com força e deslizando o dedo para direita na tela do celular, enfiando-o no bolso de volta. Ergui a cabeça e sorri atenta para o loiro, prestando atenção em cada palavra que ele dizia - e naquela boca também -.

Ok, eu não estava prestando tanta atenção na boca dele, mas em todo o geral, gravando cada detalhe de sua fisionomia em minha mente, para quem sabe, eu fazer um desenho dele quando voltasse a Oslo.

- Então devo lhe informar que vossa senhoria não é a única com uns parafusos soltos aqui. - Informei, cruzando os braços numa pose convencida e ridícula ao mesmo tempo devido ao sorriso que insistia em se formar em meus lábios, mesmo que eu lutasse contra o mesmo.

- [b]Eu acho que estão havendo coincidências de mais por aqui. - Murmurei, estreitando os olhos encarando-o com um sorriso de "eu sei o que você fez aí", mas logo desfiz a expressão, observando-o trocar de posição.

- Eu apoio, mesmo que tudo isso termine em uma cama ou algo relacionado a nós dois pelados. - Respondi, erguendo a mão esquerda. - Quero dizer, não que eu esteja querendo, mas.. só de sobreaviso mesmo. - Gaguejei, enrolando-o em mais uma das vezes em que meu cérebro fez minha boca dizer exatamente o que ele queria. Mas o que ele não havia percebido, era o calor que pairava por cima de minha mão esquerda. Baixei a cabeça para olhar e vi que a mão do loiro estava por cima da minha, num gesto típico de filmes românticos, sua palma podia não ser exatamente macia - era levemente áspera, o que poderia me dar o indício de que ele não era exatamente um príncipe - mas era quente e parecia demonstrar afeto.

Baixei a cabeça mais, de forma que meu queixo encostasse em meu pescoço, era óbvio que havíamos puxados ambas as nossas mãos para perto de nós, mas meu rosto estava pegando fogo, e a música que antes não havíamos percebidos por conta da conversa e das risadas, ficava evidente diante de nosso silêncio.