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Mensagem por Graham R. Grey Qui Out 29, 2015 3:07 pm

Funebribus
Rosas Negras

Os homens distinguem-se entre si também neste caso: alguns primeiro pensam, depois falam e, em seguida, agem; outros, ao contrário, primeiro falam, depois agem e, por fim, pensam.
Leon Tolstoi
Passei um bom tempo parado no jardim hoje. Ele era imenso, ladeado de rosas brancas, vermelhas, douradas, prateadas, amarelas, roxas, verdes, laranjas... havia de todas as cores, menos uma: preto.O único pé que havia um dia se encontrou no centro do local, rodeado de pedras e todos os caminhos do jardim levavam a ele. Hoje não está mais lá.
Joguei a tesoura de lado e limpei minha roupa dos restos das pétalas negras cortadas. Margareth, a velha governanta de cabelos escuros e escorridos, correu apressada em minha direção e começou a gritar coisas inaudíveis. Ela sabia muito bem por que eu fizera aquilo. Ela sabia o motivo que me levou a cortar aquele pé de rosas negras como a noite. Elas pertenciam a alguém, alguém que eu nunca mais veria e que odiava com todas as forças do meu ser. Minha mãe. Ela traiu minha confiança. O único membro que sobrara da família me humilhara diante de quem eu amava, minha noiva. Ela contou meu segredo e agora jaz em um túmulo esquecido por Deus nos confins do mundo.
Não, eu não a matei. O destino fez isso. E agora não me resta mais ninguém.  
Baby, listen please. I'm not on drugs, I'm not on drugs. I'm just in love. Baby, don't you see?
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Mensagem por Graham R. Grey Sáb Out 31, 2015 12:58 pm

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O Barão

Nem homem nem nação podem existir sem uma ideia sublime.
Fiódor Dostoiévski

Estava olhando o Rio Volga da janela do meu quarto quando Margareth bateu na porta. Ela entrou, a face em um sorriso forçado e disse-me que tinha visitas. Eu já sabia de quem se tratavam as duas criaturas que, ao descer a escada que dirigia ao grande salão dourado, avistei sentados confortavelmente no sofá. Eram os dois seguidores, capangas e maltrapilhos do Barão Bazky, o amante de minha falecida mãe.
Quanto meu pai era vivo Bazky fingia ser seu amigo para ficar mais próximo dela, da mulher que me deu a vida. E reunidos em um belo banquete que todas as sextas fazíamos, lá estava ele, sentado ao lado dela rindo e bebendo o vinho de nossas mais apreciadas videiras, como todos os outros falsos amigos que rodeavam aquela mesa. Detestava aquela hipocrisia.
E enquanto fingia um sorriso de boas vindas aqueles maltrapilhos no meu salão, pensei se não deveria matá-los como recompensa dos dias em que passei trancado em meu quarto me refugiando das constantes visitas de seu patrão. Mas quando abriram a boca para comunicar que vieram dar os pêsames de Bazky, tive vontade de tortura-los e pendura-los no alto da torre do meu castelo. Mas isso faria muita sujeira que Margareth não ficaria contente em limpar. Ela era a única empregada que restara. O resto se foi com a alma de minha mãe.
Tentei permanecer com o sorriso intacto, agradecendo seus pesares e o de seu patrão. Foram embora rapidamente, mas não depois que lhes oferecesse vinho. Embebedados partiram em seus cavalos e chamei o carrasco para que lhes desse um fim afogando-os no rio Volga.
Passei a tarde no jardim novamente, e pensei se deveria dar um novo rumo a minha vida, mas não encontrei nenhum.  
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Mensagem por Graham R. Grey Dom Nov 01, 2015 11:33 am

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O Diário de Misha

A arte não é um espelho para reflectir o mundo, mas um martelo para forjá-lo.
Vladimir Maiakovski
Ao acordar essa manhã, dirigi-me de súbito ao quarto me minha falecida mãe e comecei a vasculhar o restante do que sobrara dela. Não havia muitas coisas, até por que ela levara a maior parte consigo depois de expulsa-la de casa sob ameaças. Desci as escadas depressa, entrei no salão principal e abri as portas de uma maneira tão brusca que quase a arranquei do lugar. E assim que gritei Margareth, a governanta apareceu apressada, com seu avental de jardineira e uma tesoura em mãos. Ao lhe perguntar sobre as coisa que acharam junto de minha mãe já morta, ela empalideceu e disse que estavam na cabana de ferramentas. Corri em direção ao local, mas algo me impediu de abrir as portas da cabana. E então uma lágrima contida a muito tempo transcorreu meu rosto, pois aquele era o lugar onde havia visto meu pai pela última vez.
Lembro-me bem dele naquele dia de inverno. Disse que iria caçar que que só voltava a noite. Mas ele não voltou. Abraham Grey, o americano que deixou tudo, sua casa e família nos Estados Unidos, por uma ilusão de amor e pela glória, morreu naquele dia. E ao ouvir minha mãe, Misha Razoreniye Grey, vestida de vermelho me comunicar a trágica notícia meu mundo desabou por completo. Não pude nem ao menos ir ao velório.
E ainda chorando entrei por aquela porta e em cima de uma mesa vi a maleta cor púrpura. Abri-a com dificuldade e lá achei o que procurava. O diário de Misha. Corri de volta para o quarto e me tranquei lá até o fim do dia, lendo sobre indecisões de qual vestido usar nas festas, fofocas alheias e principalmente sobre o barão Basky e seus segredos. Aquilo era muito útil, e já tinha uma ideia do que iria fazer no dia seguinte.

 
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Mensagem por Graham R. Grey Dom Nov 01, 2015 12:00 pm

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O Barão

Nem homem nem nação podem existir sem uma ideia sublime.
Fiódor Dostoiévski

Depois de muito refletir, pensar e me debater a noite toda na cama, decidi que era o que deveria fazer. Sabia dos rumores que percorriam todos os reinos, de bruxas sanguinária a solta. Isso iria me ajudar, e muito. Rumei em direção a cidade e lá encontrei quem eu queria, Dimitri, um velho amigo. Entre papos sobre plantações e secas perguntei-lhe sobre as bruxas que rondavam por ali. Um tanto pálido, o homem disse sobre rumores de uma que se encontrava na taverna Yastreb, bêbada e perigosa demais para se aproximar. E com desculpas para resolver problemas de família despedi-me de Dimitri e a galopes parti em direção a taverna. Só poderei dizer que foi totalmente desastroso. Ao entrar lá as cadeiras e mesas flutuavam, e só havia uma pessoa sentada em uma delas: uma mulher de preto, com cabelos longos e face fechada, apesar de bela.
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