[Diary] Welcome to My Silly Life

Não sei bem como devo começar, visto que esta é a primeira vez que escrevo em um diário, mas acho que estou mesmo precisando desabafar. Meu aniversário está chegando e logo eu completarei dezoito anos, mas por alguma razão eu me sinto um tanto estranho quanto a isso. Não sei explicar o motivo, mas não estou tão animado quanto "deveria", ao contrário dos meus pais, que pretendem fazer uma grande festa para comemorar este dia. As vezes eu até considero isso uma boa ideia, pois ultimamente as coisas estão tão monótonas que chegam a ser intediantes.

Ah, desculpe minha grosseria... Querido diário, primeiramente é um grande prazer conhecê-lo. Eu me chamo Pietro e hoje irei contar-lhe um pouco sobre mim, para que possa me conhecer melhor.

Nasci no dia dezoito de Setembro, na França, onde moro até hoje. Meus pais, Peter e Lilian Beaunont, são donos de uma grande empresa desenvolvedora de tecnologia, e por conta disso nossa família é uma das mais ricas e influentes do país, sem contar com a família real, claro.
Desde pequeno, meu pai me dizia que quando eu fose mais velho assumiria a empresa que ele - junto de minha mãe - demorou tantos anos para construir, mas esse nunca foi meu sonho. A verdade é que eu não levava o menor jeito para coisas adiministrativas, e caso eu realmente assumisse a empresa, ela provavelmente iria a falência. Mas como uma criança diz ao pai que não irá corresponder as suas espectativas? Pois é, esse era meu dilema.

Quando eu tinha por volta de uns doze anos, comecei a perceber que eu era mais sensível que as demais pessoas, de forma que eu podia sentir seu estado emocional. Foi nessa época que meu primeiro dom despertou, mesmo sem eu ter o conhecimento do que eu e toda a linhagem de minha mãe eramos. Em pouco tempo, eu não só conseguia sentir como também acabava influenciando as pessoas ao meu redor em momentos de forte estresse, mesmo sem querer, assim como aconteceu no dia em que soube da morte de minha avó Ester. Ainda lembro daquele dia, quando perdi uma parte de mim que eu sabia que nunca pais poderia recuperar.

Acho que posso dizer que tive uma vida bastante comum para um nobre. Por estudar em casa com professores particulares, não fiz muitos amigos, até porque raramente eu saía da mansão. Sempre fui muito tímido, e mesmo que conseguisse compreender bem as pessoas eu tinha certa dificuldade em me socializar.  

Aos quinze anos, uma pequena marca de nascença localizada nas minhas costas - pouco atrás do ombro direito - ficou mais visível e tomou a forma de uma lua nova, e a partir de então muitas coisas mudaram. Nessa época que meu segundo dom se manifestou, assim como meus poderes mágicos. Coisas estranhas passaram a acontecer ao meu redor, o vento soprava mais forte quando eu estava triste, objetos caíam dos seus lugares e visões estranhas invadiam minha mente. Foi percebendo isso que minha mãe revelou que eu era um bruxo, dizendo que só não havia dito isso antes pois não sabia se eu possuiria magia já que meu pai é humano. E foi nesse mesmo ano que comecei a praticar e desenvolver minhas habilidades, tendo minha mãe como professora.

Atualmente possuo três habilidades expeciais, além dos podeses considerados padrões entre os bruxos. Também ganhei o grimório de magias de minha mãe, apesar dele ser um pouco grande, pesado e difícil de carregar. Ela disse que tenho talento, e meu objetivo agora é me tornar um grande bruxo branco para deixá-la orgulhosa e mostrar que tudo o que ela me ensinou me será útil.

Bem, agora eu tenho que ir, combinei de fazer os preparativos para a festa junto dos meus pais. Mas prometo que em breve voltarei para lhe contar como foi. Muito obrigado, nesse tempo que fiquei com você eu me animei bastante e já me sinto bem melhor.

Até loguinho, diário... ♥