The St. Claire Royal Academy RPG
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[DIÁRIO] [+16] The same song, again and again ~ Leroy Edmond B. Lamartine

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Mensagem por Leroy Edmond B. Lamartine Seg Set 07, 2015 2:29 pm




02/06/2498
Meu Deus, isso é completamente idiota. Eu odeio escrever em diários, aliás; odeio expressar meus sentimentos de qualquer maneira. Só que quando não se tem amigos em que se pode confiar, tampouco uma família, não me resta outra opção além de abrir mão da minha dignidade e começar a escrever firulinhas neste caderno.

Francamente, eu não aguento mais ficar confinado aqui no Instituto St. Claire. É claro, as pessoas por aqui são maravilhosas, mas... eu não queria ter que conviver com elas nessas circunstâncias. Ainda faltam dois anos para eu ter a liberdade de ficar no palácio até o dia que eu for assumir o cargo de duque. Bem, isso se meu pai não morrer antes. É triste falar isso, mas eu não sentiria nem um pouco a falta dele... ele nunca foi muito presente na minha vida mesmo.

Antes de vir para o Instituto, minha mãe me contou que eu sou um mero acidente e que ela não pretendia se tornar a duquesa. Mas para não gerar escândalos, meu pai assumiu que eu era filho dele, mas nunca fez mais nada além disso. Eu não ganhei presentes, não fui criado por ele e ele não passava de mais um nobre na minha vida. Mamãe até tentou dar conta de ficar comigo, mas não havia jeito... eu sentia muito a falta dele.

Depois, aos 18 anos, eu vim para St. Claire, na Suíça, bem longe da França. Conheci pessoas incríveis por aqui, fiquei com muita gente, me envolvi em brigas amorosas e disputas. Briguei com alguns professores, mas também amei outros. Enfim... tive uma vida corrida aqui, e agora não aguento mais. Eu quero voltar para a França! Quero ser livre! Sinceramente, eu sei muito bem cuidar de mim sozinho.

Ok, eu não aguento mais fingir que estou gostando de escrever isto. Vou fechar essa merda de diário. Até nunca mais.

LEBL
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Última edição por Leroy Edmond B. Lamartine em Sáb Set 19, 2015 7:36 pm, editado 3 vez(es)
Leroy Edmond B. Lamartine
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Mensagem por Aylah Wolff. Fürtzmann Qua Set 09, 2015 3:26 pm



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Mensagem por Leroy Edmond B. Lamartine Dom Set 13, 2015 3:48 pm


08/09/2500
Querido (é sério) diário,

Eu definitivamente não acredito na carta que eu acabei de receber. Não posso comentá-la com ninguém, por enquanto, mas acho que posso escrever tudo o que está passando pela minha cabeça aqui. Bem, a diretora acabou de me chamar e eu pensei que seria para chamar minha atenção novamente por quebrar as estátuas do jardim de St. Claire, mas... era algo muito pior. Diário, ela tinha em mãos um comunicado urgente da nobreza francesa, dizendo que o duque Pierre de Paris estava a ponto de falecer!

É óbvio que eu tive que fingir que estava triste, mas o que realmente passou pela minha cabeça era o verdadeiro significado daquilo: como único filho do nobre, agora eu sou o duque. Tem noção do que isso quer dizer, diário? Quer dizer que a partir de agora, minha vida se tornará um inferno. Minha juventude acabou aos vinte e seis anos. Viverei agora para agradar o rei e o príncipe da França e para receber agrados da baixa nobreza. Não quero isso, diário! Eu só queria sair desse maldito Instituto, mas não nessas circunstâncias!

Estou chorando e as lágrimas de desespero estão molhando suas páginas, me desculpe. Mas já que estou escrevendo tudo o que sinto, eu devo lhe contar toda a parte obscura da minha história, aquela que quase ninguém conhece.

Eu nasci na banheira do palácio real francês, pois minha mãe se recusara a ter um filho no hospital, até hoje eu não sei o motivo. Cresci em berço de ouro, literalmente, sendo mimado e paparicado por quase todos os empregados. A babá, o bobo da corte, as damas-de-companhia e até mesmo os guardas e as cortesãs adoravam brincar comigo, quando eu era criança. Eu deveria ser feliz, mas... eu era um pirralho sem pais. Meu pai me odiava, porque eu não fui planejado e minha mãe vivia dividida entre a opinião de Pierre e seu instinto maternal, sendo que quase sempre aquela vencia.

Quando eu tinhas uns seis anos, meus pais me obrigaram a ir a uma região do palácio onde havia um professor particular para todos os filhos dos nobres. Havia ali filhos de marqueses, condes, viscondes... ao todo somavam oito crianças. Como o príncipe ainda não havia nem nascido naquela época, eu era o filho de nobre mais poderoso ali e, ainda que eu fosse bem pequeno para isso, eu chantageava os professores para conseguir fugir das aulas... e ninguém ousava contar nada a meus pais.

Quando eu fugia, eu chegava a sair do palácio, embora sob repreensão dos guardas, e me escondia no bosque, onde havia alguns animaizinhos que se tornaram meus amigos, como pequenos macacos e aves exóticas. Eu achava que só havia eu ali, até eu descobrir que mais alguém aprendeu a fugir das aulas: Gustáve, o filho de um conde. Coincidentemente, ele ia para o mesmo lugar que eu para se esconder.

Nós fizemos amizade e sempre fugíamos juntos, para ir brincar na floresta. Por seis anos, essa era a nossa rotina, embora as fugas fossem ficando menos constantes a cada nota baixa que eu tirava nas provas. Gus tornou-se simplesmente o meu melhor amigo, um irmão que eu nunca tive. Quando nós viajávamos, eu sempre pedia para que ele pudesse ir conosco, pois era meu único amigo.

Aos doze anos, nós costumávamos entrar no rio que cortava o bosque para nadar e tentar pescar peixes com as mãos. Como não havia ninguém lá, nós ficávamos nus, para não molharmos as roupas. Isso era legal, mas certo dia, eu olhei para o meu amigo com outros olhos. Oh, meu Deus... estou com o rosto vermelho nesse exato momento, apenas por me lembrar disso. Que vergonha foi ficar daquela forma em frente ao garoto. Depois desse dia, nós nunca mais fomos ao rio.

Apesar de eu ter assustado ele, Gus e eu continuamos sendo amigos. Minhas notas na escola melhoraram e minha adolescência começou, aos catorze anos, já muito conturbada. Minha mãe, a duquesa, enquanto fazia uma caminhada em meio aos plebeus para promover as coisas boas do mandato do meu pai, foi afligida por uma dor forte no coração. As câmeras filmaram tudo e até hoje nós podemos encontrar na internet, o vídeo que mostra a Duquesa Marie de Paris sendo carregada pelo povo, que acreditando que ela havia apenas desmaiado, não sabiam que carregavam o cadáver de uma nobre morta.

Perder minha mãe foi um dos fatos mais trágicos da minha vida, pois agora eu era completamente órfão, já que o Duque Pierre não ligava para o próprio filho. Eu poderia fazer o que eu quisesse, desde que eu ainda estivesse vivo para receber o título dele depois de sua morte e também sob a condição de que eu não provocasse escândalos. Obviamente, a primeira pessoa para quem eu pedi socorro foi Gustáve. Na noite após o velório da minha mãe, eu fui até a casa dele, chorando. O Conde Maurice me deixou entrar e encontrar o meu amigo no quarto dele. A noite mais triste da minha vida foi também a mais feliz, porque eu descobri que tudo o que eu sentia pelo meu melhor amigo era recíproco... e nós dormimos na mesma cama por várias vezes.

Aos dezesseis anos, meu "namorado" fez amigos novos, que eram membros da elite parisiense, ainda que poucos ali fossem realmente nobres. Todos muito mimados, eles saíam para beber em bares todo fim de semana e convidavam Gus e eu para irmos junto. Sem nem pedir autorização para o Duque, eu fugia do palácio às sextas e só voltava no Domingo, completamente bêbado, com marcas de chupões e arranhões pelo corpo, que eu nem sabia de quem eram. Se meu pai se importava? Nem um pouco.

Aos dezessete anos, eu aprendi a dirigir. Meu pai tinha muitos carros à disposição e eu os usava em minhas saídas com Gustáve. Logo depois da vitória de aprender a conduzir um veículo, me veio a derrota mais dolorosa de minha vida, mais dolorosa até mesmo que a morte de minha mãe.

Estávamos com nossos amigos em um bar, quando dois caras encapuzados entraram no estabelecimento. Eles tinham tatuagens demais e uma delas eu reconheci como o símbolo de uma organização terrorista criada para matar nobres. Eram republicanos radicais, que queriam a volta do antigo sistema político. Eu era o membro mais alto da nobreza ali... eles estavam atrás de mim. Eu entrei em estado de choque quando eles apontaram um revólver enorme para o meu peito. Tudo aconteceu em questão de segundos, mas na minha mente, parecia ser em câmera lenta.

Eles atiraram. Mas o tiro que deveria ser para mim foi bloqueado por um corpo maior. Gustáve entrou na frente das balas e levou três tiros no peito. Os assassinos só não conseguiram atirar mais porque um dos nossos amigos também tinha um revólver e conseguiu balear ambos na cabeça. Meu namorado caiu no chão e seu sangue escorreu pelo solo do bar. Não me lembro de mais nada, além de que tudo escureceu e eu desmaiei.

Pensei ter ficado várias horas desacordado, mas devem ter sido apenas alguns minutos, pois quando eu acordei, os paramédicos estavam removendo o corpo de Gustáve do chão, havia vários carros de polícia ali, além de dezenas e dezenas de repórteres de televisão de todas as partes da Europa. Eu estava deitado em cima do balcão, com a cabeça recostada à perna do rapaz que atirara nos assassinos. Seu nome era Jean e nunca me esquecerei dele.

Eu fui interrogado pela polícia por várias horas naquele dia e quando fui liberado, o dia já amanhecia. Jean se ofereceu para me levar de volta para o palácio, mas eu recusei toda e qualquer oferta de piedade. Sem conseguir acreditar que aquilo realmente estava acontecendo, eu saí do bar e fui atacado por todos os repórteres, que esperavam desesperados por mim. Eu me lembro exatamente de todas as perguntas que respondi.

Repórter da The English TV: Leroy, você conhecia o rapaz que foi morto?

Eu: Era meu melhor amigo. Ele deu a vida por mim.

Repórter da Paris em Foco: Leroy, o que você fazia no bar?

Eu: Estava comemorando o aniversário de um companheiro.

Repórter da FCA: Leroy, a quem os terroristas procuravam?

Eu: (Supiro longo) Provavelmente a mim. Agora, por favor, me deixem ir embora!

Em vez de atender a meu pedido, os repórteres voaram para cima de mim, com perguntas demais e eu pedi socorro da polícia para dispersá-los. Fui escoltado até o meu carro e assim que o liguei, eu o acelerei... demais. Os repórteres, mesmo com o apoio da polícia, vieram correndo atrás de mim. Eu ainda estava meio tonto por causa do choque e não vi que eu iria atravessar uma ponte que cortava o Rio Sena. Eu desviei o meu carro muito para a direita e ele derrubou as grades da ponte. Eu caí por oito metros, dentro do veículo, até ele cair na água. Novamente, não me lembro de mais nada depois disso.

Quando recebi minha consciência de volta novamente, eu estava num lugar completamente branco. Máquinas apitavam, conforme as batidas do meu coração e uma máscara jogava ar em meu nariz. Eu estava completamente nu, por baixo de lençóis totalmente brancos, e havia várias cicatrizes em meu quadril, minhas coxas e meu braço direito. Lembro que alguém disse "ele acordou", logo depois disso. Em pouco tempo, o duque e alguns empregados entraram no quarto, acompanhados de médicos.

-Você me desonra, Leroy Beaumont. - Nunca me esquecerei desta frase de meu pai, olhando para mim naquele estado.

-Vossa Alteza Real, por favor... - Um dos empregados se meteu.

-Chega. Ele vai para St. Claire assim que receber alta.

Essa foi a conversa mais longa entre mim e meu pai em toda a minha vida. Depois disso, eu realmente vim para St. Claire, na época ainda me locomovia com cadeira de rodas. Hoje em dia, eu ando como uma pessoa normal, depois de passar por muitos tratamentos fisioterápicos. Agora, diário... eu queria que você pudesse falar. Sabendo de tudo o que eu passei, sabendo de meu comportamento e meus traumas, você diria que eu tenho condições de ser duque?
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Mensagem por Leroy Edmond B. Lamartine Seg Set 14, 2015 7:53 pm


09/09/2500
Querido (muito) diário,

Sei que eu já disse que eu nunca mais escreveria em você, mas posso retirar isto. Francamente, você tem sido o meu único apoio nesses dias tristes. Hoje eu passei o dia brigando com metade da nobreza e da burguesia francesa, pedindo apenas um tempo até eu voltar à Paris para ser nomeado o Duque. Eles se recusam a me dar ao menos um dia para absorver as informações. Disseram que carros franceses estão chegando à Suíça para vir me buscar à força, hoje à noite. Diário, eu não sei o que fazer!

Aliás, eu sei sim o que vou fazer. Eles só querem me dar o cargo porque pensam que sou bom o suficiente para ele e que eu não causaria mais escândalos. Estão muito enganados. Diário, eu gostaria de anunciar que assim que eu terminar de escrever isto aqui, eu irei visitar a Criminal Zone. O que? Isso é chocante? Se eu tivesse escrito mais coisas aqui durante meu tempo em St. Claire, você já esperaria que eu fosse fazer isso no dia que eu saísse daqui.

Hoje a diretora me entregou meu histórico escolar, enquanto eu fazia as malas para ir embora. Comecei a lê-lo e... acredite, até eu me impressionei com o tanto de coisas que eu fiz nessa escola. Francamente, eu realmente não sei como eu não fui expulso, porque eu era praticamente um delinquente juvenil, principalmente em meus primeiros anos. Será que havia alguém me protegendo? Enfim... no documento que ela me entregou, havia uma cópia de todas as ocorrências assinadas em meu nome, descrevendo minhas travessuras no Instituto. Eu tirei uma fotocópia delas e irei colar algumas aqui, apenas para você ter noção de quem é seu verdadeiro dono.

Inspetora Johanne Beckham escreveu: No dia 23 de outubro de 2490, o aluno Leroy Edmond Beaumont Lamartine, duque, de nacionalidade francesa, insinuou-se sexualmente para um dos colegas de sala, o aluno Robert Castelucci Scarpinatti, marquês, de nacionalidade italiana. Consta, segundo depoimento de funcionário anônimo, que Leroy pediu para manter relações sexuais com o colega, em público. Não havia antecedentes de brigas entre a vítima e o agressor. O relatório é verdadeiro.

Essa foi a minha primeira ocorrência no Instituto St. Claire e, só para variar, ela foi dada de forma injusta. Robert e eu éramos muito amigos e costumávamos brincar um com o outro, quase sempre com brincadeiras maliciosas. Confesso que havia até certa tensão sexual entre nós, mas nunca aconteceu nada. Nesse dia, nós estávamos no refeitório e eu apostei que ele não conseguiria comer todo o macarrão que ele colocou no prato. Ele perguntou o que ele ganharia e eu respondi: "Eu deixo você me chupar aqui na frente de todo mundo. Eu sei que é seu fetiche." Bem, Robert riu, mas a Inspetora Johanne não achou graça e me puxou pela orelha até a sala da diretora, onde o fato foi registrado.

Inspetor Thomas Eckhart escreveu: No dia 13 de dezembro de 2490, o aluno Leroy Edmond Beaumont Lamartine, duque, de nacionalidade francesa, ateou fogo a uma árvore de natal, alegando que ela era feia e luminosa demais, colocando em risco a própria vida e a de seus colegas. Conforme depoimento anônimo, o fato já vinha sendo planejado e ele ameaçara fazer aquilo várias vezes. O relatório é verdadeiro.

Não houve manipulação na escrita dessa ocorrência. Eu realmente incendiei uma árvore de natal, porque ela era feia e brilhante. O que acontecia era que era uma árvore pequena, mas com folhas vermelho-sangue e enfeites muito bregas, mas o pior era que ela ficava bem em frente ao meu quarto e ela tinha tantas luzes a enfeitando que clareava todo o cômodo. Eu disse que se não tirassem ela dali, eu ia por um fim nela. Ninguém me levou a sério, então, no meio da madrugada, eu desencapei os fios e joguei um copo de água em cima dela. O curto-circuito fez as folhas horríveis dela pegarem fogo. Infelizmente, o inspetor que rondava os corredores me pegou no pulo e mais uma vez, eu fui para a diretoria.

Professora Katherine Waldorf escreveu: No dia 18 de março de 2491, o aluno Leroy Edmond Beaumont Lamartine, duque, de nacionalidade francesa, agrediu fisicamente o aluno Fulvio Sartori, visconde, de nacionalidade italiana, durante o horário de aula. Consta conforme depoimento anônimo que Leroy desferiu um soco de grande força no nariz do colega, ferindo-o. Defendeu-se dizendo que estava sendo provocado, mas não há provas concretas disto, tampouco depoimentos a favor. O relatório é verdadeiro.

Os anos de 2491 e 2492 foram os piores anos de minha vida desde quando eu cheguei ao Instituto. Havia um rapaz chamado Fulvio que era um antigo amigo de Gustáve. Ele sabia sobre minha bissexualidade, assim como conhecia meu trauma, mas não ligava para aquilo. Obcecado por mim, ele vivia pedindo para que eu mostrasse se eu era durão na cama do mesmo modo que era na escola. Eu tinha vergonha de revelar que eu era assediado sexualmente, então eu apenas fugia dele. Mas nas aulas, era impossível, porque ele se sentava atrás de mim e ficava sussurrando coisas em meu ouvido. Eu não conseguia me controlar e naquele dia, eu dei um soco muito bem dado no nariz dele, que deixou minha mão manchada de sangue. Nunca me arrependerei de nada que fiz com aquele garoto.

Professor Kennedy Schartter escreveu: No dia 10 de maio de 2491, o aluno Leroy Edmond Beaumont Lamartine, duque, de nacionalidade francesa, agrediu fisica e verbalmente o aluno Fulvio Sartori, visconde, de nacionalidade italiana, durante a aula de música. Conforme depoimento anônimo, os dois alunos começaram a discutir no meio de uma apresentação e Leroy acertou um violão nas costas de Fulvio, ferindo-lhe com mediana gravidade e quebrando o instrumento. O relatório é verdadeiro.

Acredito, estou rindo ao reler esta ocorrência. O melhor dia de 2491 foi o dia 10 de maio, porque eu descontei todas as provocações de Fulvio, quebrando um violão nas costas dele. Doeu um pouco ter que fazer o governo francês pagar pelo instrumento, mas valeu a pena. Lembro-me que uma musicista famosa estava se apresentando naquele dia e ele chegou perto de mim e ele disse: "Essa música me dá vontade de fazer sabe o quê?", então ele colocou a sua língua nojenta na minha nuca e eu lhe acertei um outro soco no rosto. Comecei a gritar com ele, mandando ele ao inferno e o xingando de muitas coisas. Ele começou a chorar, fingindo ser a grande vítima. Irritado, eu peguei um dos violões da sala de música e acertei nas costas dele. Ele caiu no chão e foi carregado pra enfermaria. Que prazer me deu ver aquilo!

Inspetora Johanne Beckham escreveu: No dia 14 de junho de 2492, o aluno Leroy Edmond Beaumont Lamartine, duque, de nacionalidade francesa, agrediu fisicamente o aluno Fulvio Sartori, visconde, de nacionalidade italiana. Consta, conforme depoimento anônimo, que Leroy desferiu diversos socos contra o estômago da vítima, o fazendo vomitar no corredor. Não satisfeito, o agressor carregou Fulvio pelo pescoço até a escada e o empurrou de lá, causando-lhe ferimentos de natureza grave. O relatório é verdadeiro.

Esse foi o dia da vitória final. Me custou uma pena de uma semana sem poder sair do meu dormitório, perda de um ponto em todas as matérias e quase me rendeu um processo criminal por tentativa de homicídio, mas o pai de Fulvio decidir não abrir queixa, porque provavelmente conhecia o filho que tinha. Ao que tudo indicava, eu não era o único que se incomodava com a presença daquele visconde filho da puta. Algumas garotas mais tarde confessaram também serem assediadas por ele e eu acredito que ele fizera o mesmo com outros garotos além de mim, mas eles tinham vergonha de confessar.

Fulvio me deixou um pouco traumatizado, mas o fato de ter sido eu o responsável por seu castigo e por fazer seu pai tirá-lo de St. Claire aliviou o fardo. As garotas vieram me agradecer e eu ganhei até mesmo um selinho de uma delas. Pena que ela era comprometida e isso gerou uma outra ocorrência, mas não vou colá-la aqui. Minha popularidade ficou em alta no Instituto.

Professora Karla Ferreira escreveu: No dia 12 de outubro de 2494, o aluno Leroy Edmond Beaumont Lamartine, duque, de nacionalidade francesa, agrediu verbalmente a aluna Caroline Hernandéz de la Peña, princesa, de nacionalidade mexicana. Conforme consta em depoimento anônimo, Leroy insinuou na frente de toda a sala de aula que a garota prestava serviços sexuais ao corpo docente em troca de notas, dizendo que ela era "burra demais" para conseguir nota por mérito próprio. O relatório é verdadeiro.

Caroline era uma garota fútil e mimada, que andava por aí sempre maquiada e era apaixonada por Fulvio. Depois que eu o espanquei na frente de todo mundo, ela tomou as dores e passou a me odiar e a tentar acabar com minha reputação. Certo dia, enquanto eu simulava um jantar com a minha "duquesa" na aula de boas maneiras, ela olhou para mim e depois comentou em voz alta: "Vejam só... o valentão sabe se comportar em frente a uma dama". Irritado, eu respondi. "Eu só não me porto bem em frente às meretrizes, que só passam de ano porque prestam serviço aos professores."

Acho legal ressaltar que ela foi expulsa de St. Claire depois de ser pega transando com o professor de História, nos jardins do Instituto.

Enfim, querido diário, foi bom relembrar um pouco o meu passado. Agora, eu vou à Criminal Zone e quero saber o que encontrarei por lá. Ouvi dizer que tem uns caras muito bons numa casa de sexo lá perto. A nobreza da França nunca me encontrará por lá. Eu volto para contar como foi.

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Mensagem por Leroy Edmond B. Lamartine Qui Set 17, 2015 9:12 pm


11/09/2500
Queridíssimo diário,

Estou há dois dias tentando encontrar Math. Quem é ele? Calma, eu já conto tudo o que aconteceu desde a última vez que eu te vi. Isso se eu não precisar parar para vomitar antes. Só de eu dizer isso, você já deve imaginar as coisas que eu fiz na Criminal Zone, não é?

Bem, diário. Logo depois que eu te fechei, no dia 09, eu saí do meu quarto vestido com uma gravata e uma linda roupa social, perfeita para eu ser apresentado ao povo francês, mas... eu fui para aquele lugar já mencionado. Havia uma casa de bar lá e eu não me lembro do nome dela. Só sei que eu cheguei lá e me sentei em uma mesa.

Havia muita gente transando naquele lugar, bem na minha frente. Num palco, um show de strip-tease havia acabado de se finalizar e as dançarinas já se preparavam para um novo show, exceto aquelas que foram pagas para transar com os espectadores. Eu realmente não estava a fim de ficar com uma mulher naquela noite e eu pensei em ir embora, até eu ver um dos garçons.

Era um cara lindo, diário. É sério, nem mesmo Gustáve se comparava à beleza dele, era como um deus na Terra ou algo assim. Imediatamente, eu o chamei e pedi a bebida mais forte que ele tinha. Ele tinha a pele morena, cabelos um pouco longos e cacheados, os músculos definidos e uma barba por fazer que... oh, desculpe a informação desnecessária, mas eu fiquei excitado só de lembrar.

Ele me trouxe um copo de absinto, então eu me lembro que ele se ofereceu para transar comigo, desde que eu pagasse. Nunca pensei que eu chegaria ao nível de pagar por sexo, mas ele era tão gostoso, tão incrivelmente lindo, que eu nem pensei na humilhação. Eu apenas queria tê-lo para mim e eu consegui, ainda que tenha me custado muito dinheiro. Ele me levou para um quarto, a luz de velas... então eu só consigo me lembrar de flashes.

Lembro-me que ele me chamava de Edmond, não de Leroy. Provavelmente eu me apresentei a ele com meu segundo nome, mas não tenho certeza. Também me recordo que a boca dele tinha gosto de sangue e cheirava a álcool, era simplesmente excitante. Eu me recordo perfeitamente do meu primeiro orgasmo, quando ele estava sentado sobre meu corpo. Era delicioso. Mas eu não me lembro de nenhuma informação além de que seu nome era "Math", mas isso provavelmente era um apelido. Estou, desde quando acordei, procurando por "Math" no Instagram e no Twitter. Eu preciso encontrá-lo, diário! Preciso tocá-lo para acreditar que aquela noite foi de verdade.

Isso faz eu me perguntar: será que ele namora e eu fui objeto de traição? Será que ele gostou de ter transado comigo? Eu não sei, diário. São tantas as dúvidas em relação a um rapaz, cuja única informação que tenho a respeito é seu apelido. Estou obcecado por ele e não vou descansar enquanto não encontrá-lo.

Enfim, além disso, tenho outras novidades para contar. A cerimônia de nomeação do novo duque é amanhã. Eu fui tirado da casa de sexo por Wallace, meu meio-irmão, e ele me escoltou até um carro, que por sua vez, nos levou até um dos carros da nobreza francesa. Isso, segundo o que ele diz, porque eu realmente só me lembro de ter acordado cheirando a mijo e álcool, já no banco da limusine que nos levava ao palácio. Passei pela situação humilhante de ter que ser banhado em água fria, para diminuir os efeitos do absinto e fiquei o dia inteiro deitado na minha cama, levantando apenas para vomitar. A dor de cabeça só passou agora, mas meu estômago ainda está péssimo.

Eu ainda não quero ser o duque, mas estou aprendendo a aceitar isso numa boa. Talvez não seja uma tarefa tão horrív

OH, MEU DEUS! EU ENCONTREI! EU ENCONTREI! É MATHLICIOUS, O INSTAGRAM DELE É MATHLICIOUS.

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