{Diary} The Chaperone

MEREDITH IVES LEWIS

27 ANOS | DAMA DE COMPANHIA | BLACK DRAGON CORPORATION MEMBER | LYCAN | JAIMIE ALEXANDER

"Eu daria minha vida por você porque esse é o meu trabalho. Eu sou sua cão de guarda."

PERSONALIDADE

∞ Meredith é uma pessoa boa. Essa frase serviria com perfeição para descrevê-la de todas as formas. Desde criança demonstra um grande espírito protetor, se impondo quando discordava das decisões de seus pais e quase sempre se metendo nas brigas das outras crianças para proteger aqueles que precisavam. Isso lhe fez ganhar belos hematomas, mas manteve essa qualidade - às vezes um defeito. Aprendeu a controlar seus sentimentos, a não agir por impulsão de suas emoções, e isso lhe dá um maior controle de seus instintos lycans. Extremamente leal, ultrapassando os limites quando se trata de proteger aqueles que se importa. Altruísta, corajosa, ousada. E, embora evite lutas desnecessárias, não hesitará em batalhar se for preciso.

HISTÓRIA

As pessoas sempre me disseram como eu era boa com palavras. "Bem articulada, carinhosa! Sempre sabe o que dizer para acalentar as almas inquietas!" Exclamavam como se aquilo fosse minha melhor qualidade. Em resposta, eu apenas sorria. Sorria por que era mais fácil simplesmente aceitar que me reduzia àquilo do que mostrar-lhes a força que eu sabia ser muito mais que um rostinho bonito.


Foi assim que cresci. Pelo menos, é esta a visão que tenho dos amigos de meus pais e dos vizinhos em nossa época de morada em Londres. Não deve ter sido de todo ruim, creio eu. Lembro de ter amigos, os garotos e garotas da escola cujas as mais incríveis aventuras vivenciei - levando em conta que aos 7 anos, não é preciso muito para acreditar que há mais desafios nas tarefas do que realmente existem. Isto, que tanto me recordo, não deve passar das memórias que me marcaram. Mas não dava real importância às palavras vazias de quem mal me conhecia. Como mamãe sempre disse, devemos ser sutis, cautelosos, pacientes. Para tudo há um momento ideal.


Tenho, porém, um grande incidente em meu passado que até hoje deixa uma memória desagradável e uma cicatriz de pentagrama no pulso esquerdo. Aos 4 anos, antes de nos mudarmos para Londres, vivíamos em uma área rural no interior da Itália. E a vila onde morávamos foi atacada por bruxas que sequestraram cinco crianças. Como não podia ser diferente, eu era uma delas. Não me recordo com perfeição do que aconteceu. Tenho flashes daquelas criaturas e de suas feitiçarias, pelas quais passei a nutrir uma admiração e uma enorme desconfiança, e das outras vítimas. Meus pais, fiquei sabendo anos mais tarde, foram os responsáveis pela invasão do acampamento delas e por nos tirar de lá com vida. Depois disso, tanto o trabalho deles - trabalho este que eles mesmos atribuíram a culpa pelo ataque - quanto a vila foram substituídos pela proteção da Inglaterra.


Não me recordo das ausências de meus progenitores em meio a suas lutas contra as forças do mal, pois era muito jovem. Porém suas histórias estão gravadas em minha mente. Damien Lewis e Lara Ives foram e sempre serão meus grandes heróis. Eram ex-caçadores, contaram-me sob o céu estrelado de nosso jardim. Deitada na grama, entre mamãe e papai, o meu sorriso era sincero. Suas narrações eram tão pessoais, tão reais! Podia ver as imagens saltaram e dançarem, interpretando os papéis que lhes foi dadas com louvor. Só anos mais tarde descobri que o modo doce que eles tentavam aliviar as batalhas não acontecia durante o dia a dia. Depois de crescer, tudo é mais complicado.


Antes que pudesse chegar em minha adolescência, descobri que eu não era exatamente normal. Assim como o sangue que corria nas veias de meus pais, eu havia herdado o poder da família: uma lycan. E, enquanto meu pai foi encarregado de treinar minhas habilidades físicas até que eu me tornasse a guerreira que sou hoje, paralelamente ao seu trabalho como Guarda Real; coube a minha mãe me ensinar toda sua bondade, todo seu autocontrole. E devo dizer que ela fez um ótimo trabalho. Graças a ela, a insanidade do lobo foi contida assim que despertou. Experimentei dos dois lados e foi o bem quem me puxou e me estabilizou.


Deixei minha casa e minha família para traçar meu próprio caminho aos 19 anos. Afinal, foi essa a razão de ter sido tão bem treinada: um dia eu deixaria o bando e iniciaria minha própria vida. E mesmo aqui na Escócia, distante de meus entes queridos, eu sei que os orgulho de alguma forma. Vivi como nômade, viajando a Europa. Aprendi a me portar como uma lady e também como uma meretriz; aprendi as diferentes línguas e culturas de todos os locais que eu passei e aprendi o que era o desejo por uma outra pessoa. O que era o ardor no peito e o sorriso bobo nos lábios só de pensar na pessoa amada. Aos 24 anos, um encontro inesperado com ninguém menos que a Rainha Charlotte me pôs no caminho que eu desejava para mim: a caça às bruxas, as criaturas que atormentaram minha infância. E aprendi que às vezes é como um simples servo que você pode ser grande sendo quem você realmente é.


Essa última parte, contudo, não obtive por minha conta. Foi com Anne Lamont, a jovem e doce princesa da Escócia seis anos depois de minha saída que encontrei uma amizade que ia além das relações de empregado-chefe. Com sua simpatia, ela conquistou o meu pleno carinho e amor fraternal. Se eu parar para pensar em como fui colocada em seu caminho, indicada por meu pai e pelos nobres que prezavam pelo bem estar da herdeira do trono. Afinal eu era capaz de cuidar dela. A figura de Dama de Companhia seria mais que isso: seria sua guarda-costas. E a minha princesa, uma única promessa eu faço: nada a machucará enquanto você estiver sob meus cuidados, seja em sua terra natal ou naquela maldita academia.

Lucia Calazans | 2 YEARS OF RP | 18 anos