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[DIARY] A VAMPIRE'S LIFE | The Sequel

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Mensagem por Mitchell B. Linsenbröde Ter Set 08, 2015 2:44 pm

Mitchell
27 years old [410 for real]. Vampire. Royal Guard. Denmark. Heterosexual
Mysterious. Deceiver. Aggressive. Hot.
A história que você irá ler pode ou não ser clichê, depende do que você já vivenciou até este momento. Será trágica? Ou entediante? Me diga quando terminar e pergunte a si mesmo: Valeu a pena? Eu estou escrevendo para me lembrar, você está lendo para quê?
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ESCREVENDO DIA - 02/04/2500 — ANO CITADO - 2100

Minha família se sustentava do jeito que podia, o pai trabalhava com construção naval, a mãe na índustria têxtil e eu e minha irmã os ajudávamos com o que precisassem, geralmente com afazeres do lar. Não era fácil, tinha que admitir, mas era o suficiente para garantir nossa sobrevivência naquela nova realidade.  Pode-se dizer que tive uma infância... Feliz, apesar de agora a felicidade ser desconhecida por mim, eu tive uma prova desse sentimento. Lembro-me dos amigos que tive em minha escola; a amizade que eu e Mary cultivamos e que nunca deixávamos secar. A cidade onde eu morava não me vem à cabeça de jeito algum, por mais que eu me esforce para isso, é como se tivesse sido arrancado de minha memória pelas mãos habilidosas de alguma bruxa. Mesmo que isso fosse verdade, eu não me lembraria. Mas algo que nunca me esquecerei, acredite, eu já tentei; são as gargantas de meus familiares sendo rasgadas como se fosse papel pelas mãos da Sombra.
É difícil escrever sobre isso. Mas eu preciso me lembrar, nem que eu morra tentando. Mas nós sabemos que morrer para mim não é possível.   [o último parágrafo está borrado, como se a mão do escritor tremesse enquanto escrevia].
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ESCREVENDO DIA - 03/04/2500 — ÉPOCA CITADA - 23 JUNHO, 2100

Foi esse dia, 23 de Junho, que minha família recebeu a visita da Sombra. Era madrugada, toda a família já descansava em suas respectivas camas, eu e minha irmã dividíamos o quarto enquanto meus pais dormiam em outro. Eu não conseguia dormir por algum motivo estranho, não sabia o porquê, mas ao fechar os olhos eu tinha a estranha sensação de estar sendo observado pela janela. Eu me levantei diversas vezes para verificar, mas não tinha ninguém. Enfim, fiquei grande parte da noite observando minha irmã dormir, já que eu mesmo não pegava no sono.

A casa era feita de madeira, então a noite ela fazia ruídos, mas eu já estava acostumado. Mas dessa vez foi diferente, foi realmente o barulho de alguém andando, mas parou tão misteriosamente quanto começou. Juntei o pouco de coragem que tinha e andei para fora do quarto, onde meus pais dormiam era logo à frente, a porta deles estava aberta. Eu chamei por eles, mas fiquei sem resposta. Lágrimas tentavam escapar de meus olhos, eu gritei dessa vez, mas recebia apenas silêncio em retorno. As madeiras abaixo de meus pés rangiam enquanto eu caminhava lentamente em direção ao quarto de meus pais. A visão que eu tive foi... Horrível, algo que nunca deve ser vista por uma criança. O cheiro de sangue era forte, um único corte no pescoço de ambos, os lençóis brancos estavam carmesim e um restante do líquido da vida escorria do ferimento.

A única coisa que pude fazer foi gritar. Um único, longo e estridente grito saiu de minha garganta enquanto as lágrimas que eu lutava tanto para segurar caíam em abundância de meu rosto jovial. Corri de volta para o meu quarto, eu só queria chamar a minha irmã e assegurar de sua segurança, mas me arrependi assim que abri a porta. Sua garganta estava aberta, seus olhos sem vida pareciam encarar diretamente os meus. Desabei a chorar, mas recebi um golpe na nuca forte o suficiente para me nocautear, e então apaguei.

Estas foram as minhas últimas memórias daquele dia.
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ESCREVENDO DIA - 04/04/2500 — ÉPOCA CITADA - PROVAVELMENTE 24 JUNHO, 2100

Provavelmente já era manhã, eu fiquei desacordado por diversas horas tendo um pesadelo com a cena da madrugada, esperando que realmente fosse só um sonho.  Lentamente eu recuperava minha consciência e assim meus sentidos retornavam aos poucos. Com minha visão ainda turva eu pude perceber que eu estava num ambiente fechado com pouquíssima luz. No fundo a Sombra me observava atentamente, como se pudesse penetrar minha alma com seus olhos. Eu entrei em choque ao perceber que o pesadelo não era simplesmente algo da minha cabeça, mas foi um acontecido real. Lágrimas vieram aos meus olhos, mas antes que eu pudesse derramá-las a Sombra me interrompeu, ela olhou direto nos meus olhos e com sua voz me pediu para parar de chorar, e assim o fiz, parecia ser o certo na hora.

De novo, tenho várias falhas na memória desse dia. Lembro-me vagamente de ser persuadido para manter calado sobre aquilo. Eu não reclamava de estar naquele lugar. Eu vivia uma vida "comum". Durante a manhã a Sombra me dava as aulas que eu necessitava, me alimentava adequadamente, eu tinha minha própria cama e TV paga, minha higiene era possível. Tudo à troco de servir de alimento para Ela durante o dia. Eu me lembrava de claramente do ataque, mas não sentia as emoções apropriadas. Ao invés de temer, eu queria ficar ali, e isso era obra da Sombra.

Foi assim durante anos até ela finalmente decidir que eu deveria ser algo diferente, ser como Ela.
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ESCREVENDO DIA - 04/04/2500 — ÉPOCA CITADA - PROVAVELMENTE 23 JUNHO, 2117

Foram 17 anos preso a vontade da Sombra, servindo não só de um poço de sangue, mas de tudo que Ela achasse necessário. Quando atingi minha maioridade, ela se apoderou também de minha virgindade, fazendo de mim um brinquedo sexual. E era isso que eu era, um simples brinquedo para ela brincar do jeito que quisesse e o quanto desejasse.

Mas um dia até mesmo a Sombra se cansou e preferiu que eu fosse seu parceiro, ou algo assim. Ela mordeu seu próprio pulso, fazendo-o sangrar em abundância, e ordenou que eu bebesse. Sem questionar suas ordens eu coloquei meus lábios em seu pulso aberto e suguei e engoli em grande quantidade o líquido carmesim que escorria do ferimento. Pouco me importava o gosto ou o objetivo do ato, eu não tinha o direito de questionamento contra os poderes da Sombra. Alguns segundos se passaram até finalmente eu ser separado do sangue e num milésimo meu pescoço foi quebrado pelas mãos ágeis e fortes Dela, então eu apaguei. Passaram-se incontáveis minutos, eu sentia como se fosse horas, era um sono profundo do qual eu não conseguia acordar.

Até que enfim eu abri meus olhos como se nada tivesse acontecido. O gosto férreo do sangue da Sombra ainda estava em minha boca acompanhado de uma estranha sensação. Não se sabia se era fome ou se era sede, eu precisava de algo diferente de comida e água, meu corpo clamava por aquilo. Era um desejo ardente que crescia em mim e que hoje sei muito bem o que é: sede de sangue. Além de mim estava mais uma pessoa no galpão, um homem provavelmente da minha idade um pouco mais alto que eu. Eu podia ouvir seu coração batendo, bombeado o preciso líquido da vida para todo seu corpo. A sede em mim cresceu e minhas presas saíram, meus olhos enegreceram e veias ao redor incharam sangue. Avancei no homem com uma velocidade incrível, como se num piscar de olhos eu estivesse de um canto para o outro. Ambos caímos e eu acabei me desprendendo dele, mas rapidamente me levantei e voltei a atacá-lo, minha força e resistência eram além do humano.

Expus o pescoço do homem forçando a cabeça dele para o lado e enfiei minhas presas nele, me alimentando de seu sangue até que não tivesse mais o que beber. A Sombra se revelou, ela estava escondida me observando, de sua garganta saiu as seguintes palavras "Agora você é um Vampiro".

Mitchell B. Linsenbröde
Mitchell B. Linsenbröde

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